Protocolo do Módulo Robert Wilson por Rodrigo
Loboda Biondi
Robert
Wilson? Perguntei-me quando fui proposto a criar e desenvolver um Roteiro Ideal. Criei e desenvolvi a
partir dos meus conceitos, referências, vivências cênicas e do queria naquele
momento. Aí está:
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Logo que entreguei o Roteiro Ideal ao Professor Marcos
Bulhões, sempre com a espera da aprovação ou da rejeição, “conheci” Robert Wilson, assistindo pela primeira
vez o documentário Absolute Wilson, de Katharina Otto-Bernstein.
“Ufa...” (pensei). A exibição acabou e o professor nos orientou a avaliarmos os
nossos roteiros no término do módulo Bob Wilson. Provocando-nos a emparelhar
Robert Wilson e todos os seus procedimentos criativos. Que prazer em conhecer
um encenador que acredita na luta, também minha, de se construir como artista,
encenador e educador.
“Chris
não menti!”
“Ator
é criador e não reprodutor.”
“Chris
em cena? Porque não?”
Robert Wilson, em Absolute
Wilson
Perceber um potencial poético
e estético no que se pode encarar como simples demais ou até mesmo
despercebido. Montar uma paisagem cênica
justapondo todas as linguagens da arte, tanto como arte total como simultaneísmo.
Propor ao público, ao espectador, a participação, a possibilidade de tornar-se
parte da paisagem ou simplesmente admirá-la e relaxar. Legados que Robert Wilson deixa e se provoca a
fazer de maneira madura e legítima, como constatei em suas bem-humoradas
histórias, contadas por ele mesmo na abertura da exibição do documentário Absolute Wilson, no CINESESC, São Paulo,
SP. O documentário de novo? Porque não?
Aliás, sempre que possível! Ainda com o próprio Robert Wilson apresentando, não pude deixar de vivenciar esse momento propício ao estudo e muito especial.
Aliás, sempre que possível! Ainda com o próprio Robert Wilson apresentando, não pude deixar de vivenciar esse momento propício ao estudo e muito especial.
Um presente! Ver e constatar
a simplicidade e generosidade de um encenador renomado mundialmente! Mais uma
vez Bob Wilson criou uma paisagem. Espero que todos que possam ver a admirem e
a recriem; que entendam que o fazer artístico está no querer de um ser humano
sensível e não burocrático.
Portanto fomos à prática
provocadora nas aulas do Professor Bulhões. Propôs-nos mais dois roteiros
cênicos, desta vez a partir dos procedimentos criativos de Bob e de um recorte
ou quadro poético e estético de alguma obra do mesmo. E ainda nos ofereceu a
oportunidade de expor esses roteiros a todo o grupo que foi subdividido para
que criassem um experimento cênico fundamentado em todos os roteiros e
conceitos até aqui discutidos. Resultados que geraram discussões e imagens
poéticas. Foi aí, que assumi o experimento, também dos meus alunos, “não-atores”. Alunos “especiais” da APAE de Várzea Paulista que
experimentaram e experimentam em seus ensaios e performances procedimentos pedagógicos de criação de Bob Wilson,
como a simultaneidade, repetição e a dilatação do tempo e do movimento, sempre
como performances e não personagens, ou
seja, sempre fazendo parte de uma natureza única e não como destaque da mesma.
Caminhos para um teatro
pós-antropocêntrico e performise
(junção das palavras “perfomance” e “mise em scène”, segundo Bernard Dort).
Aqui estão
alguns experimentos com meus alunos “não-atores”:
Ensaio com alunas da Terceira
Idade, abril de 2012
Performance “Água”, maio 2012
Performance “Água”, maio 2012
Performance “Água”, maio 2012
E hoje, no dia em que
finalizo o meu protocolo, me deparo com a entrevista de Marina Person comRobert Wilson, veiculada pelo programa Metrópolis da TV CULTURA. Coincidência?
Prefiro encarar como uma sincronicidade
de Bob Wilson.
Foi um prazer conhecê-lo!
Rodrigo Loboda Biondi
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