Páginas

sábado, 12 de maio de 2012


BOB WILSON

O MESTRE CÊNICO DAS CONTRADIÇÕES






FRAGMENTOS “WILSIANOS”






1-    ISSO É TEATRO?

Quando comecei, nunca considerei que estava fazendo teatro, na verdade. Mas outros acharam que sim. Incorporei ao meu trabalho tudo que eu tinha feito anteriormente e outros elementos que me interessavam, como movimento, pintura, escultura, iluminação, arquitetura, design e fotografia. Se quebrei as regras tradicionais de alguma forma, foi com essa abordagem multidisciplinar. A regra era e ainda é que o texto é o fundamental – mas isso deixa de fora todo o resto e pode ser muito chato e empolado.

2-    MUDANDO PARADIGMAS



O teatro é elitista e hierárquico, e no teatro ocidental o texto é visto como o aspecto mais importante – a música que você ouve e os elementos visuais servem apenas para ilustrar aquele texto. Eu não estava interessado naquilo. Entendi a proposta e aprendi as regras – como todos devemos fazer, se queremos quebrá-las – mas eu queria produzir arquitetura e me concentrar no movimento no palco. 

3-      FAZER PERGUNTAS E NÃO DAR RESPOSTAS


É importante manter as possibilidades abertas fazendo perguntas, não martelando a resposta na cabeça das pessoas. Com isso, permite às pessoas interpretar um trabalho por si próprias, participando de sua construção, em vez de fazer o trabalho por elas. Saber uma coisa de antemão não vale a pena, no meu entender. 

4-      RETIRANDO O VÉU!!!






Sócrates disse que nascemos sabendo de tudo, e que o conhecimento é apenas o processo de retirar o véu. A vanguarda faz algo parecido quando redescobre o clássico, quando redescobre a verdade.





PROTOCOLO FEITO POR MARCELO BRAGA EM MAIO/2012

Nenhum comentário:

Postar um comentário