Na primeira parte do curso procuramos identificar o método de Bob Wilson – procedimentos capazes de identificá-lo de imediato. Aos poucos, aula a aula, fomos conhecendo o seu processo criativo, tendo contato com vídeos e leituras sobre o teatro performativo e pós-dramático e, como contra ponto à teoria, exercitando na prática a construção de exercícios a partir dos “modelos” deste diretor/encenador/dramaturgo norte-americano discutidos em sala de aula (nas cadeiras e no palco do teatro-laboratório da ECA).
Algumas marcas do aprendizado teórico ficaram gravadas nos grupos que encenaram seus exercícios: a relação com o tempo e o espaço (brincado de estendê-los e comprimi-los), os jogos corporais (repetindo, acentuando, recriando, descaracterizando movimentos, criando novas relações entre gesto corporal e fala), a cena justaposta (na tentativa de criar novos signos a partir da multiplicidade de ações), o enquadramento da cena (ou “a paisagem cênica”) em oposição ao encadeamento cênico, o espectador como criador de significados subjetivos do que está posto em cena, o nivelamento do texto aos outros elementos como música, vídeo, dança.
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